António Miguel Pina apresentou nos últimos dias as principais linhas dos seus primeiros dois anos de mandato aos vários sectores da sociedade olhanense: empresários, comunicação social e chefias ouviram da boca do autarca um balanço das principais dificuldades e obstáculos encontrados desde que este executivo tomou posse.
O contexto tem sido algo complexo: tomar posse com maioria relativa, num cenário de contenção agravada de despesas e tendo uma dívida significativa como herança, fizeram com que estes dois anos de mandato de António Miguel Pina à frente da autarquia de Olhão se tenham revestido de algumas dificuldades. Mas como o autarca faz questão de sublinhar, “conseguimos todos fazer, com muito diálogo, tudo o que tinha que ser feito pelos olhanenses”.
Olhando para o início do seu mandato, António Pina evoca como a primeira grande contrariedade que encontrou o facto de “não poder gastar um cêntimo sem ter as dívidas da autarquia a serem pagas a 90 dias”, uma imposição do Governo, em tempo de troika e austeridade.
Houve, portanto, que “meter mãos à obra” e equilibrar as contas da autarquia, um processo que contou, como António Miguel Pina faz questão de referir, “com uma postura responsável por parte dos partidos da oposição, que têm sabido colocar o que é melhor para os olhanenses à frente dos interesses partidários”.
O primeiro passo foi uma natural redução na despesa, que passou por uma reestruturação do organograma dos serviços camarários e por um corte nas verbas gastas com eventos, o que representou uma poupança de cerca de 400 mil euros.