Leia, também com os ouvidos, a última crónica do pianista Júlio Resende
“Chegar em apenas dois dias, mas quinhentos anos depois, é sinal de que alguém muito importante como um antepassado já te mostrou o caminho. Talvez seja essa a dádiva mais bonita que um antepassado nos oferece, um caminho, onde antes não o havia. Como que a dizer: “vês, é seguro, agora que já o descobri tu podes ir a correr.” Chegar em apenas dois dias, mas quinhentos anos depois, é prova de que as fábulas têm sempre a sua razão de ser, e as tartarugas são vagarosas, mas persistem, e, sem pressa, vencem a arrogância da velocidade. “