O presidente da Associação Nacional das Organizações da Pesca do Cerco (ANOP Cerco) disse que propôs ao Governo o prolongamento até 1 de Maio da interdição da pesca da sardinha.
A proposta é de “começar a pesca da sardinha em Maio, de forma a concentrar as melhores possibilidades de pesca nos meses de Verão e subsequentes ao Verão, altura em que a sardinha tem mais qualidade, melhor preço e maior apetência no mercado” afirmou Humberto Jorge à agência Lusa.
O dirigente explicou que “nos meses de Março e Abril, o teor de gordura ainda não é o melhor, portanto, a sardinha não tem tanta qualidade, pelo que não faz muito sentido estar a capturá-la, quando se prevê que a quota para 2016 vai ser igual à de 2015 e é muito reduzida para manter a frota do cerco durante dez meses”.
Trata-se de uma proposta que “não é do agrado” da ANOP Cerco, mas é considerada a mais viável, no sentido de o sector conseguir “prolongar a pesca pelo menos até Novembro e evitar um período de paragem tão longo”, que, a acontecer, tornaria “difícil” manter muitas embarcações do ponto de vista financeiro.
“É a única forma de rentabilizar as empresas e sobreviver a esta conjuntura menos favorável”, sublinhou.
Humberto Jorge lembrou que, mais do que um problema económico, a paragem da pesca da sardinha é um problema social.